Nessa madrugada, possuído por outro eu
Tenho em meus olhos a luz da lua
Sou bem-vindo em tua morada
tua luz envolve minh'alma
e ele vem ao sereno
à luz úmida da madrugada
Violento como paixão
que chega sem perceber
um monstro disforme
escreve à sangue nas paredes
enquanto eu deixo uma carta sobre a mesa
em folhas amarelas
uma súplica encarecida
que me perdoem pela besta
que me perdoem pela fera
aqui deixo minhas últimas palavras
antes que ele se enalteça:
Esqueçam minha face
cansada de lutar
mas não se esqueçam da verdade
por mais que doa se lembrar
A besta é cria tua
não me culpe se ela chega assim
e subitamente mancha de sangue
a brilhante luz da lua
que deita como manto
e transforma em dia seu jardim
...
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